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Carlos Alberto Parreira recebe homenagem e passa a dar nome ao campo 3 do CT

O Fluminense prestou uma homenagem a um dos mais importantes treinadores de sua história. Carlos Alberto Parreira, campeão brasileiro pelo clube em 1984, foi recebido nesta terça-feira (27/09) pelo presidente Mário Bittencourt no CT Carlos Castilho, onde passa a dar nome ao campo 3 de treinamentos. Parreira não escondeu a emoção no momento em que, de surpresa, foi revelada a placa que simboliza a homenagem e o eterniza no local.

“Confesso que estou surpreso e emocionado com essa surpresa que o presidente me proporcionou. Não esperava nunca que isso fosse acontecer e fico eternamente agradecido ao Fluminense, porque aqui vivi grande parte da minha carreira. Aqui eu fui muito bem-sucedido. A base surgiu aqui, tudo de bom no campo profissional, o sentimento de vitória… pertencer a um clube com tanta história e tradição é um orgulho que eu carrego para o resto da vida. E ser lembrado neste momento é muito gratificante. Muito obrigado pela lembrança”, declarou Parreira.

Antes da homenagem ser revelada, Parreira conheceu as instalações do CT Carlos Castilho após as diversas melhorias promovidas pelo clube no últimos anos. O ídolo tricolor se impressionou com o que viu e projetou grandes conquistas para o Tricolor.

“Vendo essa estrutura aqui, hoje o Fluminense está igual aos melhores clubes europeus. Já visitei os maiores e são iguais ao que estou vendo aqui. O Fluminense está preparado para dar um salto no futuro sem dúvida alguma. As coisas estão caminhando muito bem e o Fluminense vai continuar crescendo”, afirmou.

Agora, todos os campos do CT já estão “batizados”. Além de Carlos Alberto Parreira, foram homenageados Altair, no campo 1, e Abel Braga, no 2. O presidente Mário Bittencourt classificou a reverência ao ex-treinador como justa e disse que vai seguir como o trabalho de saudar as grandes personalidades da história do clube.

“Acho que todos os clubes de futebol deveriam se lembrar que sua história é construída por sua torcida, pelos títulos que conquista e pelos ídolos, as pessoas que passam por aqui. E a gente vem fazendo esse trabalho de prestar homenagens em vida para as grandes personalidades da instituição. E o Parreira é uma delas. Tem títulos importantes aqui, estadual, brasileiro e a passagem pelo momento de maior dificuldade da história do clube. Ele era campeão do mundo com a Seleção Brasileira e aceitou assumir o Fluminense quando o clube estava no fundo do poço e começou a se reerguer ali”, afirmou o presidente, que completou:

“Era muito importante que a gente pudesse eternizar o nome dele aqui no CT ainda em vida para que todos os nossos torcedores mais jovens pudessem saber da importância que este homem tem aqui no clube e no futebol brasileiro. E o Fluminense é a história do futebol brasileiro. Daqui a 30, 40, 50 anos as pessoas vão chegar aqui e saber quem é esse grande profissional, esse grande tricolor que ajudou tanto o clube e que hoje ficou bastante emocionado. Assim a gente vai continuar fazendo, para que o Fluminense seja um clube diferente, um clube que dá valor a sua história, aos seus ídolos e suas conquistas. Assim o clube vai continuar ainda maior, um gigante que é”.

Formado em Educação Física, Carlos Alberto Parreira iniciou sua carreira como preparador físico do São Cristóvão. Mais tarde, assumiu a mesma função no Fluminense, seu clube de coração, fazendo parte da comissão técnica do título brasileiro de 1970. Posteriormente, foi alçado à condição de treinador da Máquina Tricolor às vésperas do triangular final que decidiria o título carioca de 1975, seu primeiro como treinador de futebol.

Mas foi em 1984 o grande momento de Parreira no Fluminense, quando ele conduziu o time ao bicampeonato brasileiro. Mais de uma década depois, já consagrado mundialmente após dirigir a seleção brasileira tetracampeã do mundo em 1994, revelou grandeza ao retornar ao clube no pior momento de sua história, ajudando no resgate da dignidade tricolor com o título da Série C em 1999. Ao todo, Parreira soma quatro passagens e comandou o time em 146 oportunidades. Entre elas, na emblemática vitória diante do Bayern de Munique, da Alemanha, em 1975.



Fotos: Marcelo Gonçalves/FFC
Texto: Comunicação/FFC

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